terça-feira, abril 29, 2008

Faz-me confusão

Há coisas que me fazem uma confusão tremenda...Como é possível pais educarem (ou deseducarem) os filhos de forma tão estranha.
Eu fiz muita asneira na educação da minha filha mais velha, marinheira de 1ª viagem, separada do Pai dela desde os seus 2 meses, foi muito complicado e tinha a constante sensação que estava a falhar e que não ia ser capaz... tive muito apoio da minha famíla e de alguns amigos, mas nunca é a mesma coisa de serem as duas pessoas a tomarem as decisões, pois sempre fui eu que as tomei sozinha, apesar de o Pai dela ter confiança em mim e sempre (ou quase sempre) me ter apoiado.
Sempre tive como objectivo principal, fazê-la feliz e fazer dela uma pessoa bem formada, com valores, sempre tentei fazer com que acreditasse no amor entre homens e mulheres e que a dita "normalidade" era as pessoas estarem juntas, era ter o Pai e a Mãe na mesma casa, mas que infelizmente nem sempre era possível, e que muitas vezes acabávamos por ser todos mais felizes assim.
Foi, ainda é e será por muito mais tempo uma tarefa árdua da minha vida, uma verdadeira prova de fogo.
Com o seu crescimento e com tudo o que vejo por aí...cada vez me sinto mais segura da educação que lhe dou e que espero vir a ter a mesma força para dar ao meu filho mais novo.
Há pais que não deixam os filhos crescerem, que não permitem que se aventurem um pouco, que estão constantemente a ver onde andam, o que fazem, como fazem...Coitados dos Putos!
Que lhes dão a comidinha toda passada até aos 3 anos, a frutinha do boião ou cozida e passada pela avó, o iogurte da nestlé ou da danone, porque sabe-se lá de onde vêm os do lidl e das marcas brancas (como se a ASAE não fiscalizasse todos), que só usam a colher "x" e copo "Y" ,como diríamos num verão de há uns anos...Paneleirices!
A super proteção faz mal as crianças, aos pais das crianças, aos futuros amigos das crianças e principalmente aos adultos que estas crianças se vão tornar... as crianças, precisam de descobrir os seus limites assim como os de todos os que as rodeiam, precisam de ter noção do perigo, de saber até onde podem ir, de ter regras bem definidas mas também que se lhes quebre algumas dessas regras, porque um dia não são dias...e não lhes faz mal algum saber que se um dia não comemos a sopinha da Avó e fomos à tasca comer caracóis, o mundo não vai acabar...é só um dia diferente que faz bem à alma!
Os miúdos precisam de comer carne, peixe e todo o tipo de alimentos e precisam de mastigar, pois é essencial para um bom desenvolvimento da dentição, assim como precisam de aprender a conviver tanto com adultos como com outras crianças, precisam de aprender a partilhar, de chorar e fazer birra por não lhes fazerem as vontades nem lhes satisfazerem todos os seus caprichos e os Pais precisam de entender que tudo isso faz parte do crescimento e que não é a colaborar com os caprichos das crianças que as fazemos felizes e saudáveis.
Os Pais devem falar com as crianças num tom de voz normal e não as tratarem como se fossem bébes quando já não o são, devem ter a capacidade de ver que alguma coisa não está bem se os seus filhos não brincam com outros meninos, pois é normal terem vergonha de inicio, mas não é normal essa vergonha nunca ser ultrapassada...
Afinal o pediatra dos meus filhos tinha razão quando me dizia para eu não me preocupar , pois estava a fazer um bom "trabalho"...bem ou mal a minha filha sempre comeu em todo o lado, sopa com verdura inteira, carne e peixe, batata, arroz e massa, mariscos, e até caracois!!!
Apesar de ter feito muita birra e de ter sido filha única até aos 8 anos, sempre soube partilhar e brincar com outros meninos, sempre a pude levar para todo o lado e deixa-la com qualquer pessoa(de confiança, claro!) pois com as outras pessoas sempre se portou muito bem!
Como é possível dois adultos não verem que estão a deseducar um filho???
A mim, que já passei pela experiência de educar uma criança e de o ter feito como monoparental, faz-me muita confusão...Pois sempre fui da opnião que duas cabeças pensam melhor do que uma...

segunda-feira, abril 07, 2008

Sinto Falta


Sinto falta de tanta coisa que deixei para trás
Sinto falta da liberdade da juventude
Sinto falta de ter amigos verdadeiros
Sinto falta de ter tempo para mim
Sinto falta dos meus Avós
Sinto falta daqueles que já cá não estão
Sinto falta da Maggie e da Sónia
Sinto falta do João, do Rui e da Felipa
Sinto falta de ter amigos disponíveis
Sinto falta de sair à noite e de não ficar 2 dias de ressaca
Sinto falta de viajar
Sinto falta da Costa Alentejana
Sinto falta de um jantar romantico
Sinto falta de criar
Sinto falta de ir beber copos a ver o mar
Sinto falta de rir
Sinto falta de pintar
Sinto falta do teatro
Sinto falta de dançar
Sinto falta de trabalhar

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