Há dias em que me “bate” uma tristeza!!!
Mas como tenho o vício de pensar…Chego sempre a conclusão que não vou estar triste… pois apesar de já ter perdido muito na vida e de nunca ter chegado onde queria... ainda tenho a cabeça no lugar… tenho uma vida cheia de alegrias, recordações, muita gente de quem gosto e algumas pessoas que gostam de mim…E pelo menos duas para quem sou o mundo...
Triste é aquele que não teve infância, que foi maltratado, que não foi amado, que não fez asneiras, que não brincou…
Triste é aquele que não viveu uma adolescência com alguma loucura, sem pensar no amanhã, que não teve um primeiro amor a quem deu tudo, que não teve um grupo de amigos que julgou serem para a vida, que não arriscou quase tudo por uma noite de liberdade…
Triste é aquele que não fez nada pelos seus amigos, que não tentou que largassem vícios, pessoas que lhes faziam mal… apesar de acabar por os perder.
Triste é aquele que nunca abdicou da sua vida em prol de um familiar ou de um amigo…
Triste é aquele que vive para as aparências, que tem como único objectivo os bens materiais, o carro e telemóvel topo de gama, a casa no condomínio fechado a parecer um catálogo de uma loja conceituada…
Triste é aquele que não vê os filhos crescerem pois está demasiado concentrado em adquirir os tais bens materiais…e que ainda por cima pensa que assim é que se vive…
Triste é aquele que não faz as pazes com o passado, que dá mais importância à vida dos outros do que à sua, que tem prazer com o mal do próximo...
Triste é aquele que não ajuda quem precisa, que não repara no sofrimento de quem está mesmo ao seu lado...
Triste é aquele que nunca perdeu ninguém, pois nunca dá valor aos que tem…
sexta-feira, abril 08, 2011
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2 comentários:
Uma outra visão acerca de um assunto semelhante, by me.
Infelicidade
Achava-me infeliz na minha altura de infelicidade.
Ignorante, tinha pena de mim.
Pedia não a Deus, que para mim nunca existiu,
um novo rumo.
Estupidez minha, tornar infeliz a infelicidade.
Que êxtase de palpitações.
Um coração disparado, veias salientes,
mãos dormentes e lágrimas decadentes...
Ai! Maravilha, a infelicidade!
Que fantasia, a saudade!
Meu corpo vivo grita: que infeliz!
Que infeliz que estou!
Descobri o cinzento, descobri a chave!
Eureca! Ponham-me num pedestal!
Que agora sou rainha do meu próprio reino!
Descobri o mal, eu sou o bem!
Dêem-me uma seringa vazia
que a espetarei no meu peito!
Dentro dela ficará esta infelicidade
que mais tarde usarei,
Para me relembrar a saudade que passei.
Guardem-na longe de mim,
que pela luz caminharei
até chegar à negra imensidão.
Imensidão banhada por raios.
Raios azuis, verdes e roxos.
Meu sangue aquecerá,
azul tornar-se-á.
Escondei-a numa caixa! Trancai-a!
Abri-la-ei com a luz que levarei.
E tal como hoje aconteceu,
alcançá-la-ei.
Essa feliz infelicidade,
pela qual quase me matei.
Foste tu que escreveste?
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